
É melhor soprar ou não o bafômetro? Descubra as consequências e tome a decisão certa
A dúvida sobre soprar ou não o bafômetro é comum entre os motoristas brasileiros. Com a intensificação da Lei Seca, é essencial compreender as implicações dessa escolha para evitar penalidades severas.
Contents
- 1 O que é o bafômetro e qual sua função?
- 2 Legislação brasileira sobre álcool e direção
- 3 Consequências de dirigir alcoolizado
- 4 A recusa ao teste do bafômetro
- 5 Aspectos legais da recusa
- 6 Procedimentos em caso de recusa
- 7 Possibilidade de defesa e recursos
- 8 Impacto na vida do motorista
- 9 Considerações finais
O que é o bafômetro e qual sua função?
O bafômetro, ou etilômetro, é um dispositivo utilizado pelas autoridades de trânsito para medir a concentração de álcool no ar expirado pelo condutor. Seu objetivo é verificar se o motorista está dirigindo sob influência de álcool, garantindo a segurança nas vias.
Legislação brasileira sobre álcool e direção
A Lei Seca, instituída pela Lei nº 11.705/2008, alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estabelecendo tolerância zero para a combinação de álcool e direção. De acordo com o artigo 165 do CTB, conduzir veículo sob a influência de álcool é uma infração gravíssima, sujeita a multa e suspensão do direito de dirigir.
Consequências de dirigir alcoolizado
Dirigir sob efeito de álcool aumenta significativamente o risco de acidentes, comprometendo reflexos e a capacidade de tomada de decisões. Além dos riscos à vida, as penalidades legais incluem:
- Multa: R$ 2.934,70.
- Suspensão da CNH: 12 meses.
- Recolhimento do documento de habilitação.
- Retenção do veículo, conforme previsto no artigo 165 do CTB.
A recusa ao teste do bafômetro
Muitos motoristas acreditam que recusar o bafômetro é uma forma de evitar penalidades. Contudo, a Lei nº 13.281/2016 introduziu o artigo 165-A no CTB, que estabelece penalidades para quem se recusa a realizar testes de alcoolemia. As consequências são:
- Multa: R$ 2.934,70.
- Suspensão da CNH: 12 meses.
- Recolhimento da habilitação.
- Retenção do veículo.
Ou seja, as penalidades pela recusa são equivalentes às de dirigir alcoolizado.
Aspectos legais da recusa
A Constituição Federal assegura o direito de não produzir provas contra si mesmo. Porém, a recusa ao bafômetro é tratada como infração administrativa, não criminal, justificando as penalidades previstas.
Procedimentos em caso de recusa
Ao recusar o teste, o motorista será autuado com base no artigo 165-A do CTB. É importante destacar que outros indícios de embriaguez, como odor etílico, fala alterada e comportamento incoerente, podem ser utilizados para caracterizar a infração.
Possibilidade de defesa e recursos
O condutor autuado tem direito à defesa e pode recorrer das penalidades impostas. O processo de recurso envolve:
- Defesa prévia: Apresentada ao órgão autuador.
- Recurso em primeira instância: Julgado pela Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
- Recurso em segunda instância: Analisado pelo Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN).
Para aumentar as chances de sucesso, é recomendável buscar orientação especializada em direito de trânsito.
Impacto na vida do motorista
Além das penalidades legais, a suspensão da CNH pode afetar a vida pessoal e profissional do condutor, especialmente para aqueles que dependem do veículo para trabalhar. Portanto, é crucial estar ciente das consequências ao tomar a decisão de recusar ou não o bafômetro.
Considerações finais
Diante das penalidades equivalentes, recusar o bafômetro não isenta o motorista das consequências legais. A melhor postura é evitar a combinação de álcool e direção, garantindo a segurança de todos e evitando complicações jurídicas.
Para mais informações e orientações sobre como recorrer de multas e entender seus direitos, visite o Portal Trânsitto, especializado em mobilidade e multas de trânsito.
Lembre-se: a segurança no trânsito é responsabilidade de todos. Evite dirigir após consumir álcool e contribua para um trânsito mais seguro.