Volkswagen acompanha rivais e volta a insistir nos motores a combustão

A Volkswagen entrou para o time da Toyota, Subaru, Honda, Mercedes-Benz, Renault e Geely das montadoras que confirmaram não desistir dos motores a combustão. A notícia veio após uma sequencia de quedas e prejuízos nas vendas de carros elétricos na Europa.

A eletrificação de sua gama ainda é o foco, com dois terços do orçamento. O terço restante será dedicado para manter os carros a combustão competitivos, segundo fala do chefe financeiro da Volkswagen, Arno Antlitz.

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Segundo o portal Automotive News Europe, o executivo afirmou que carros elétricos são o futuro, mas o passado ainda não acabou. Com isso, ela promete investir mais também em modelos híbridos tradicionais e plug-in.

Os problemas da Volkswagen com os carros elétricos foram agravados com a invasão chinesa na Europa. Seus modelos a bateria são caros de produzir e só eram competitivos graças a incentivos governamentais — que estão acabando.

A montadora está trabalhando em desenvolver novas plataformas mais eficientes para os elétricos e mais baratas de fazer. Procuraram até ajuda dos chineses, firmando uma parceria com a Xpeng.

Ironicamente, o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, havia chamado os motores a combustão de “tecnologia obsoleta” em 2023. Hoje, a marca reserva €60 bilhões (cerca de R$ 342 bi em conversão direta) para essa tecnologia obsoleta.

No Brasil, a montadora alemã confirmou a produção local de modelos híbridos flex para curto prazo e um modelo elétrico para 2027 ou 2028. Tudo indica que ela trará os motores eTSI com sistemas leves de 48 volts.

Hoje ela não vende carros elétricos no Brasil, apenas oferece o ID.4 e o ID.Buzz através de caríssimos serviços de assinatura. Talvez essa defasagem em relação a Europa seja o segredo para a Volkswagen do Brasil estar com boas vendas enquanto a matriz perde mercado em sua terra natal.