Carros de sete lugares tiveram sua ascensão nos últimos 20 anos, motivados por monovolumes e SUVs importados. Carros como Chevrolet Zafira, Fiat Doblò, Kia Sorento, Audi Q7 são alguns exemplos.
Mas com o fim da linha de monovolumes como Doblò e Zafira, os modelos com lotação estendida basicamente se resumiram aos SUVs grandes e caríssimos. Mas sempre existiu um alento para quem precisava de espaço, mas não podia gastar demais. O Spin.
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O Spin foi a solução encontrada pela GM em 2012 para aposentar numa tacada só o Meriva e o Zafira. Ele era mais barato para fabricar que os seus antecessores e utilizava o antigo motor Família 1, 1.8.
Sem apelo emocional, é um carro para quem precisa resolver o problema de lotação ou bagagem. Mas ele vingou, se tornou muito eficiente para taxistas, frotistas e até mesmo como veículos de serviços para prefeituras e demais instituições.
Mas o reinado do Spin foi abalado no final de 2023 com a apresentação do Citroën C3 Aircross, também com sete lugares e preços bastante competitivos. A resposta chegou em março, com a renovação do velho monovolume.
Melhorias do Spin Premier 2025
O Spin 2025 chegou de cara nova, o que não significa que finalmente ficou bonito. Pelo contrário. Mas por dentro evoluiu bem. Ganho quadro de instrumentos digital, multimídia MyLink flutuante dentre outros recursos.
Testamos a versão topo de linha Premier, que ainda conta com ar-condicionado digital, partida sem chave, assistentes de condução (com alerta de colisão, detecção de de pedestre, frenagem automática emergencial e monitor de ponto cego). Ele ainda oferece bancos revestidos em couro, assim como seis airbags.
Muitos destes itens não constam na versão mais cara do Aircross, mas a GM cobra pelo recheio a mais. A versão custa R$ R$ 144.990, ou seja R$ 8 mil a mais que o francês topo de linha com sete lugares.
Velhas deficiências
Mas o banho de loja não sanou velhas deficiências. O Spin, como todo carro de sete lugares é recheado de gambiarras. Afinal, não há improviso maior que colocar assentos no porta-malas. Assim, os acessos à terceira fila continua pouco prático. Há trilhos nos bancos do centrais para facilitar a acomodação, mas entrar e sair nunca é fácil.
Lá atrás, dois adultos vão muito espremidos. O ideal é que sejam ocupados por crianças. Mas há um porém. Eles ficam distantes de qualquer necessidade de auxílio dos pais. O porta-malas, com todos os lugares disponíveis é mínimo. Não carrega mais que algumas mochilas ou um isopor para manter o lanche fresco. com o banco recolhido são 550 litros.
Mas há uma gambiarra grotesca. Para manter o banco preso, é preciso prendê-lo na haste do encosto de cabeça com uma “aranha”. A solução da Citroën, que permite remover completamente os bancos é muito mais inteligente e prática.
Assim, por força da concorrência a GM teve que melhorar o Spin para que ele continue como referência no segmento de sete lugares. Corrigiu o que conseguia melhorar, mas velhas falhas ainda tão lá. Será que ainda vale a pena apostar no Spin?
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