Carros elétricos usados da Hertz são focos de problemas

No início de 2024 a locadora norte-americana Hertz anunciou a venda de sua frota de carros elétricos da Tesla. O motivo foi o alto custo para mantê-los, a montadora não possui um pós-venda tradicional e os reparos em seus carros são mais caros que o habitual.

Esses carros usados foram vendidos por valores abaixo do mercado e os compradores ainda receberam benefícios fiscais do governo por terem escolhido um elétrico. Para muitos interessados, é um negócio tentador.

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O blog Intelligencer, da New York Magazine, trouxe o relato de um desses compradores, Bijay Pandey. Ele comprou um Tesla Model 3 Long Range com 112 mil km por US$ 25 mil (cerca de R$ 127,9 mil em conversão direta) e com abatimento nos impostos.

Os problemas de Bijay começaram logo após a compra. O seu Tesla não estava lendo a voltagem corretamente, a oficina que checou o veículo notou um buraco com o tamanho de uma moeda na proteção inferior das baterias.

Danos e perfurações em uma bateria de alta voltagem gera risco de incêndio. Para o azar do proprietário, esse tipo de dano é considerado externo e não é coberto pela garantia. A conta ficou em US$ 13.078,58 (R$66.910), mais da metade do valor que foi pago no carro.

A Hertz aceitou trocar o carro do consumidor, mas a demora foi longa. Bijay Pandey comentou que essa experiência fez ele entender os motivos da locadora estar se livrando de seus Tesla, os custos de manutenção e reparo são astronômicos.

Os carros elétricos da Tesla não estavam retornando o lucro esperado. A Hertz tentou priorizar a locação desses modelos para motoristas de aplicativo, mas isso acelerou o desgaste dos carros e aumentou os custos de manutenção — além de prejudicar o valor de revenda.

Até abril, a locadora havia vendido 10 mil de seus Tesla. A empresa ainda está tentando vender as 20 mil unidades restantes para ficar livre dos prejuízos.

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